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Idanha-a-Nova: Orçamento tem 25,7 milhões de euros para este ano

José Júlio Cruz - 06/01/2022 - 19:00

Reflete a estratégia Idanha Solidária para fazer crescer o concelho, diz o presidente. Oposição deixou críticas.

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Armindo Jacinto na assembleia. Foto cedida pela CMIN

O Orçamento da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova para 2022, no valor de 25,7 milhões de euros, foi aprovado na respetiva assembleia municipal. “É um orçamento ambicioso, realista e rigoroso que demonstra a nossa capacidade de captar receita para investir no concelho”, afirma o presidente daquele município raiano.

Armindo Jacinto, citado através de uma nota de imprensa da autarquia, acrescenta que o orçamento “reflete a nossa estratégia Idanha Solidária para fazer crescer o concelho, para criar riqueza e emprego e para criar qualidade de vida de forma que as pessoas gostem de viver aqui e, assim, fixarmos população e captarmos novos residentes”.

“O Orçamento e as Grandes Opções do Plano 2022 espelham o projeto político sufragado pela maioria da população idanhense, com prioridade para o crescimento económico, a coesão social e a qualidade de vida”, realça a mesma nota, onde Armindo Jacinto realça os números que em seu entender demonstram que “temos captado riqueza e emprego, designadamente o ranking da Bloom Consulting que coloca Idanha na melhor posição de sempre (107º lugar entre os 308 municípios), os fluxos migratórios positivos desde 2019 (dados Pordata), o Top 50 dos municípios no número de filhos por mulher em idade fértil (Pordata) e, ainda, o 7º lugar nos municípios com mais apoios e incentivos à fixação de famílias e população (DECO)”.

Entre as obras previstas, constam a beneficiação do Centro de Saúde, a requalificação do Mercado Municipal, a requalificação de edifícios escolares, a reabilitação de arranjos urbanísticos no concelho, ETAR’s, a beneficiação de condutas de saneamento, a ampliação e conservação da rede de águas, a reabilitação de cemitérios, a beneficiação do Centro Municipal de Proteção Civil e de Postos da GNR, entre outras intervenções.

“O objetivo o concelho continuar no caminho do desenvolvimento, com uma trajetória de crescimento económico e uma boa oferta na educação, na saúde, na habitação, na área social e na segurança”, adianta Armindo Jacinto.

Para isso, pretende-se consolidar a capacitação organizacional da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e crescer ao nível do investimento em projetos, obras e ações que se revistam de interesse municipal.

O orçamento foi aprovado com os votos favoráveis do PS e de todos os presidentes de Freguesia e teve votos contra do Movimento Para Todos e do PSD.

 

OPOSICÃO Num extenso documento de quatro páginas enviado às redações, o Movimento para Todos veio pronunciar-se sobre vários pontos desta assembleia. No mesmo, critica aquilo que considera ser “o limitar o uso da palavra aos deputados da oposição”, por parte de quem dirige os trabalhos na assembleia, “de uma forma arbitrária e autoritária”.

Este movimento, como o próprio refere, “interpelou o presidente da câmara sobre a questão do lítio dado que, não obstante agora vir dizer que é contra, foi o mesmo que procedeu à alteração do Plano Diretor Municipal por forma a permitir a exploração do lítio em Idanha-a-Nova. Questão a que, como em outras situações, com recurso a generalidades, Armindo Jacinto não responde, não esclarece e oculta a realidade”.

“Absolutamente lastimável o que se seguiu quando o deputado do «Movimento Para Todos», Hugo Rego, interpelava o presidente sobre qual iria ser a posição da câmara, na sua qualidade de associada do «MASCAL», na Assembleia Geral recentemente convocada para deliberar sobre a demanda da sua anterior direção relativamente crimes de infidelidade, alegadamente cometidos pela referida vereadora, e em que o senhor presidente da assembleia municipal, depois de um sussurro ao seu ouvido por parte do senhor presidente da câmara, decidiu, num exercício de estalinismo puro, retirar a palavra ao deputado do MOV.PT com o pretexto de que o seu grupo já havia excedido o tempo que lhe havia sido concedido”, lamenta ainda o mesmo movimento.

Entre muitas outras coisas, este movimento alerta também o endividamento da autarquia, lembrando um recente empréstimo efetuado pela mesma: “tal como foi referido nesta assembleia municipal, o empréstimo ora aprovado pelo PS representa um endividamento da autarquia em mais dois milhões novecentos e setenta mil euros a longo prazo, por vinte anos. Se acrescermos ao endividamento atualmente existente de quatro milhões e duzentos mil euros, resultará num sete milhões de euros”.

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