O ministro Matos Fernandes esteve este sábado em Vila Velha de Ródão
O ministro do Ambiente diz que a construção de um armazém de resíduos nucleares em Almaraz ainda não é definitiva e que Portugal tem nas mãos dados enviados por Espanha para analisar este projeto que está a ser contestado por partidos e organizações ambientais.
“Ainda não há uma licença para construir. Aquilo que existe neste momento é uma declaração de impacto ambiental que com restrições permite que venha a ser construído”, disse João Pedro Matos Fernandes em Vila Velha de Ródão, onde esteve este sábado para a apresentação do relatório da Comissão de Acompanhamento para a Poluição do Tejo.
O semanário Expresso noticiou este sábado que Espanha ignorou Portugal e decidiu prolongar a vida da central nuclear de Almaraz, sem consultar Portugal sobre a construção do aterro de resíduos nucleares.
O ministro revela outra versão e garante que têm existido contactos com o ministério espanhol, incluindo um convite para uma reunião com a colega espanhola.
Matos Fernandes reforça que a licença de construção “ainda não foi emitida” e Portugal vai tomar posição com base nos estudos, admitindo recorrer à Comissão Europeia se os interesses nacionais estiveram em causa.
O ministro do Ambiente, que tomou posse faz agora um ano, diz que o anterior Governo “fez de morto” nesta questão, revelando que a consulta pública sobre esta questão aconteceu um mês antes de o atual Governo tomar posse.
“Quem na altura tinha responsabilidades políticas não fez nada, fingiu que não viu ou não viu mesmo, por incúria que me parece grave”, disse aos jornalistas.
A Quercus considera que a autorização “é um perigoso sinal" para que a central se mantenha aberta para além do prazo. Governo da Extremadura também está contra.
A posição do Governo português surge depois de ter sido autorizada a instalação em Almaraz de um armazém de resíduos nucleares.
O procedimento já se realizou mais de 20 vezes nos últimos 30 anos e só vai estar concluído na segunda quinzena de dezembro.
mesma coisa ! Vejam se o programa do PS contempla esta situação !
Eu próprio neste momento não sei,mas posso saber !
A conhecida" poluição do Tejo " julgo originada na Unidade da Celulose
em VVRódão nunca foi resolvida e a Quercus,pelo que sei,bem fez para
isso ! O Ministro,nem que fosse por o assunto prejudicar o Governo,devia
por termo ao problema.