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Santa Águeda: Proprietário dos terrenos critica a Plataforma

Reconquista - 01/06/2017 - 14:21

Agostinho Martins quebra o silêncio e numa carta ao Reconquista reage às acusações sobre a intervenção junto à albufeira do concelho de Castelo Branco.

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Barragem de Santa Águeda. Foto arquivo Reconquista

Têm vindo a lume diversas notícias, que a coberto da pretensa defesa da Albufeira/ Barragem de Santa Águeda, mais não fazem do que denegrir a minha imagem e a imagem dos agricultores que ali decidiram legitimamente investir, criando um suspeição generalizada e em certa medida criando intimidação e pondo em causa a honra e dignidade de empreendedores e famílias que acreditam nas potencialidades da sua região.
Tudo isto através de um conjunto de pessoas que se escondem atrás de Associações e Movimentos, alguns dos quais nascidos e criados para lançarem e fomentarem campanhas de perseguição por vezes unipessoais, caluniando e vilipendiando, sem qualquer prova ou fundamento investidores de boa-fé!
Como diz o povo “quem não sente não é filho de boa gente” tomei a liberdade de me dirigir às diversas autoridades que muito respeito e que têm a responsabilidade de defender os cidadãos que de boa-fé investiram com o respeito estrito das normas e orientações que lhes foram estipuladas!
A não ser assim a lama lançada por esta gente por vezes movida por inveja e preconceito atingirá todos sem exceção - autoridades e agricultores- sob pretexto de uma suposta superioridade ética ambiental de pessoas movidas pelo rancor, as mais das vezes ignorantes, e que nunca mexeram uma palha em nome dos valores ambientais ou outros, a não ser a
inoculação do seu ódio mesquinho.


O meu nome é Agostinho Martins, empresário e morador na minha região!
Aqui nasci, aqui criei os meus filhos, aqui desenvolvi as minhas empresas, e tenho uma profunda crença na minha terra e região!!!
Porque acredito nas nossas potencialidades, apesar da interioridade, decidi investir na minha terra.
Para tal adquiri há cerca de dois anos uma propriedade confinante com a Albufeira de Santa Águeda e que se encontrava negligenciada e cujo estado de abandono, cheia de mato, constituía sim, uma séria ameaça ao ambiente, pois para lá de ser improdutiva, era fácil de ali deflagrarem incêndios.
Movido do meu entusiasmo e da ajuda dos meus filhos, desenvolvi um projeto Agrícola, baseado numa filosofia de respeitar os nossos recursos endógenos, vindo a reabilitar oliveiras e plantado outras, firmando um verdadeiro olival tradicional, e apostando no plantio de um cerejal a exemplo de vários que já lá existem, sobretudo na zona da Soalheira/Fundão.
Tudo o que fiz foi lícito e devidamente aprovado, autorizado e licenciado pelas várias autoridades, como impõe a lei.
E é com enorme orgulho e alegria que passados dois anos de forte investimento e de muito trabalho, transformei uma propriedade abandonada e improdutiva num belo jardim, que passe a imodéstia “dá gosto ver e contemplar!!!

Creio que realizei aquilo que todas as entidades encorajam e todas as sociedades almejam: aproveitar os recursos, criar emprego e gerar riqueza que beneficie a sociedade em geral!!!
Pois bem, parece que tamanha virtude, parece ter sido o pior pecado mortal que eu tenha praticado!
Donde dimana pois tanta censura, tanta acrimónia e azedume, tanta má vontade, tanto ódio, sobretudo daqueles, agora transformados em paladinos do ambiente, mas que nunca contribuíram com nada para o desenvolvimento da nossa terra!
Creio que haverá várias explicações mas direi apenas algumas;
Em primeiro lugar o meu investimento veio por cobro a práticas reiteradas de apropriação para o seu próprio proveito da barragem e das suas potencialidades e facilidades.
A aquisição da propriedade e o seu aproveitamento veio por ordem naquela área da barragem, porque vedou o acesso à barragem e a devassa fácil e prejudicial da propriedade;
Porque marcou e delimitou os acessos e caminhos!
Porque passou a ter dono e acabou com um conjunto vasto de apropriações por parte de pessoas que se aproveitaram de décadas de negligência e desleixo que ajudaram muitos parasitas a proliferar.

E é isto que alguns não aceitam!
E que conduzem campanhas orquestradas contra o bom nome e dignidade daqueles que apostaram no trabalho e no esforço!
Não posso aceitar este estado de coisas.
É hoje para mim e para a minha família insuportável tamanha injustiça!!!
Como tal apelo às autoridades que fiscalizem, monitorizem e promovam a todas as avaliações que julguem necessárias!
Todas! Mas todas!!

Mas após o exercício das suas competências que certifiquem e removam com a sua credibilidade, a infâmia e a má-fé!
Pois nós somos pessoas de bem e só desejamos a tranquilidade decorrente da licitude dos nossos actos!
É pois de bom grado e boa fé que me disponibilizo para financiar a monitorização da qualidade de água, através de entidade independente, na área confinante da minha propriedade com a Albufeira, se porventura V.Ex.as o acharem útil!!

Pois tudo farei em nome do respeito do interesse público, mas também não transigirei com o
direito de defender o meu bom nome, da minha família e das minhas empresas, promovendo todas as iniciativas que reponham a verdade, a justiça e a normal vivência a que cada cidadão aspira!


Aqui fica o meu apelo e desagravo!


Certos da V.ª boa atenção apresento os melhores cumprimentos e subscrevo-me
Atentamente,
Agostinho Martins

COMENTÁRIOS

José V.Jerónimo Duarte
à muito tempo atrás
Antes de mais quero dar os parabens ao Sr. Agostinho por ter investido na região.
Acontece, no entanto, que não é isso que está em causa mas sim a aplicação do conceito de desenvolvimento equilibrado que sustente não só o investimento mas igualmente o eco sistema e a qualidade da água que se bebe na região..
Cumprimentos.