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Visita Pastoral: Leigos têm papel fundamental na Igreja

Lídia Barata/José Furtado - 09/06/2022 - 8:00

VÍDEO D. Antonino Dias, na visita pastoral ao Arciprestado, regista as diferenças que encontra a cada cinco anos, nestas passagens mais demoradas no território.

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Uma reunião no Reconquista também integrou o programa da visita

A Comissão Diocesana dos Bens Culturais está a fazer o inventário do património a nível diocesano e este “é um grande serviço que presta à comunidade cristã, à Igreja na Diocese, mas também às autarquias. Todos devemos ter consciência da existência deste património e utilizá-lo da melhor forma, quer culturalmente, quer religiosamente, no que for possível e necessário”.

Nesta quarta visita pastoral ao Arciprestado de Castelo Branco, D. Antonino Dias reiterou que ficaria feliz “se as igrejas pudessem estar abertas, sobretudo as que têm património, para que os turistas pudessem ver”, numa época em que o turismo religioso também ganha estatuto. As igrejas “não foram feitas para estar fechadas, mas infelizmente, muitas estão porque temos de nos prevenir. A minha pena na promoção do turismo religioso é que nem todas os espaços religiosos possam estar abertos e não possam ser vistos, mas vamos caminhando com esperança”.

Uma esperança que deposita no trabalho voluntário dos leigos. “Quando havia um padre para cada paróquia as coisas eram diferentes, mas agora há um padre para várias paróquias. E se não há leigos que colaborem nisto, mais difícil se torna esta dimensão da amostragem do património. Por isso, desafiamos cada vez mais os leigos para a colaboração também nestas questões do património, para que colaborem, que tenham amor à camisola por pertencerem à comunidade cristã. Algumas paróquias têm voluntariado e têm as igrejas abertas, precisamente porque pessoas se oferecem para estar lá. Sem ser com o voluntariado é difícil”.

As pessoas são cada vez menos e “há lugares que já não têm ninguém e não havendo gente, tudo fecha. Nem os padres lá vão”. O despovoamento é uma das notas registada pelo bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco nas suas visitas pastorais. Em 2008, aquando da primeira visita pastoral “percorri a Diocese de ponta a ponta. O despovoamento foi esvaziando alguns lugares que noutros tempos visitou, mas também registou, como nota positiva, a vontade manifestada pelas pessoas em reaparecer, em participar nas atividades da Igreja, apesar dos tempos que “provocaram algum receio, que ainda existe, mas pessoas já não se retraem tanto”.

D. Antonino Dias recorda que a visita pastoral “é uma obrigação do bispo” e, nestas, “vem estar com o povo, com os seus sacerdotes, nos lugares onde trabalham, vem estar com os seus colaboradores mais próximos, vem incentivar a que não se desista de viver a fé com alegria, com esperança, vem celebrar a fé com todos”. Mas, “também aproveita para visitar todas as instituições do território, ligadas à Igreja ou não”. É por isso momento de maior proximidade com as instituições fora da Igreja, com destaque para câmaras, com quem “temos uma muito boa relação, sobretudo no que toca à preservação do património. A maior parte do património do território é da Igreja, é património religioso, mas a Igreja tem dificuldade na sua manutenção e conservação. Apesar de se em dimensões diferentes, trabalhamos todos para o mesmo povo”.

 

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